17.11.14

Eu estava de azul e você estava de saída. Não queria que às suas costas ficasse a impressão de que éramos um novo amor. Usei sua cor favorita só pra que você a odiasse por aí. Algumas coisas nunca mudam.
Não tranquei a porta, mas escorei alguns livros, na esperança de ter o seu barulho de volta quando a porta novamente abrisse. Dali pra meia-noite, tive medo dos ladrões. A fechadura emperrou daquele jeito que eu não tive paciência quando você tentou me ensinar a destravar. Seu barulho tornou-se surdo.
Você estava mesmo de saída, mas se voltasse, destravaria a porta pelo menos, e eu não precisaria gastar aquela graninha da cafeteira nova só para consertar o estrago de não te ouvir. Mas até que um cafezinho faz falta.

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