29.11.14

Poderíamos, e talvez estivéssemos, comemorar uma hora ou sete anos de coisas que pareciam meio eternas, meio etéreas. E ali, no meu sussurro fingido, éramos o que o tempo fez questão de afastar para reunir em um outro momento, em uma hora ou sete anos, em vinte histórias e nenhum acontecimento.
E essa era a graça: éramos simples como a vergonha de perguntar o que sentíamos ali ou há semanas atrás, o que escondíamos dos anos que amadureceram nossas tantas vontades. Pra você, ainda sou a menina que tem medo de trovão, e agora a mulher que tem medo de te perder. E talvez eu ainda me disfarce nos seus braços para acalmar a agonia de um pensamento: os estrondos que me causam a tristeza de não lhe ter por perto.
Uso das minhas simples palavras como uma forma de dizer como somos tão simples, e talvez tão piegas que desagradamos até mesmo meus antigos deboches. Em você, sou simples, como as palavras que uso em meus fingidos sussurros na certeza que amar é questão de uma hora ou sete anos.

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