13.3.13

Eu sou um fim de semana que não deu tão certo como era de se esperar, e que acabou a gasolina bem na hora de sair de casa pra correr pra casa da fulaninha e deixar tudo arrumado pra hora da festa. Sou aquelas horinhas mal aproveitadas em que ninguém quer pensar um jeito melhor de resolver os problemas. As vezes me dizem que pareço com a falta de sorte, com o desapego, com o silêncio na hora errada. Me falam que sou a cara das lembranças daqueles dias que a gente prefere não lembrar, daquela comida que ninguém gostou, daquela pedrinha que esqueceram de tirar do feijão. Mas eu sou mesmo. Sou aquele sapato no fundo do armário que foi presente do Natal passado, aquela coceirinha chata de quando a gente senta na grama. Sou o suco sem açúcar, a garganta seca, a sexta-feira vazia.
Quem sou eu?

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