18.2.13

De vez em quando é preciso esse tempo de fingir que não temos medo dos nossos medos. Que tudo não passa de um mal entendido com o você de antes e o você de depois. A gente precisa fingir um monte de coragem e de outras coisas que não nos deixam morrer atrás de uma baia branca como uma lápide de mármore, precisa fingir que não chora e que 'ah, tá tudo bem'. Esse tempo de fingir só não pode ser o tempo do resto da vida. Esse que cabe no choro da vida e no choro da morte.
Mas a gente finge que uma hora esses fingimentos vão acabar e pronto. E só de fingir, já estamos bem de novo.

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