Diante dos verbos, dos substantivos, eu era apenas um radical jogado aos advérbios, suplicando adjetivos, fugindo das análises morfológicas. Diante de mim eu estava jogada aos outros, sem disfarce. Diante dos outros eu só estava.
Às reticências, dediquei boa parte do meu tempo. Pintei-as de todas as cores, usei várias vezes consecutivas, substituí meus pontos finais e mascarei as vírgulas, os parênteses. Usei-as como um jogo vulgar de liga-pontos, tracei em vermelho quando as linhas me pediam azul.
As exclamações me desgastaram como sapatos em solo áspero, então deixei todas espalhadas pelas pautas. Algumas eu transformei em dois pontos, outras se transformaram sozinhas e as demais estão se apagando... As interrogações? Nem me pergunte sobre elas.
No fim das contas, sou só um nome próprio, um sujeito, e jamais poderei me separar do verbo, não importa em que tempo ele esteja, não importa que pessoa eu seja.
Você escreve muuitoo!! Parabééns (: acompanho seu blog sempre que posso.
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