13.4.11

Fotografe seus textos. Texturize suas palavras. Palavreie suas verdades e fale. Só fale. Quem nesse mundo vai te impedir de falar senão o seu próprio arrependimento, senão a sua própria timidez. Fale alto, fale bem, fale certo, fale mentiras, verdades, fale baixo, só fale. E seja o seu ego, espanque a sua timidez. Será o fim da sua hegemonia sobre você. E fale.
E cale. Cale o seu calo na garganta, aquele que te incomoda quando você não fala, aquele que te aperta quando você não chora. Estoure essa bolha de amargura. Cabule seus sentimentos, diga a eles quem é você. Não deixe que seus calos te calem. Cale seus calos primeiro.
E chore. Chore todo o choro, toda a água salgada que ainda lhe resta, jogue essa hipertensão sódica pra fora do seu corpo. E chore todas as lágrimas do mundo, ou não chore nenhuma, mas chore. O choro não é solução emocional, mas talvez seja a solução física. A solução altamente solúvel para os sentimentos.
E fale do calo,do choro,do bolo,do consolo,da saudade,da maldade,da verdade. Fale esse choro, e eu me calo.

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