21.7.10

Preto-e-branco, cinza-porco.

Preto e branco. Não pode existir nada mais sem-graça. É como beber água com açúcar esperando que seja vinho, ou esperar que as coisas tenham um gosto tão bom quanto você esperou. Não é triste dizer que isso não vai acontecer. É claro como preto no branco, ou branco no preto. E é tão sem-graça...
Também não é triste se você disser que se decepcionou com alguém. Nem você fica triste, mas sua vontade de comover as pessoas é tão preto-e-branca. Mas você coloca um prisma, refletindo o seu "mais importante" sentimento. Sinto lhe dizer, mas o branco reflete e o preto absorve. E você é tão preto-e-branca!
Achar que intensidade é a resposta,ah,isso é tão preto-e-branco que chega a ser cinza! E cinza sim é triste, mais triste que marrom e roxo, porque marrom ainda pode ser cor dos olhos e dos cabelos, e roxo ainda pode ser aquele seu hematoma de um dia feliz na infância. Agora você... Ficou cinza de repente, triste, triste.
E não adianta rebater a verdade. Não. Isso é jogo sujo, não se burla a verdade nem com uma mentira. Não se mente à verdade, e seu cinza-porco não nega que é isso que você tenta fazer. Pobre... Não consegue fazer da própria cor nem um cinza-gelo! Cinza-porco. Preto-e-branco. É de ter pena. Eu, aqui, com o meu só preto ou só branco, tentando escapar do meu próprio clichê (inutilmente!) e você aí, bebendo aos grandes goles o seu preto e o seu branco. Você é tão cinza!

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