É a gente. Nos meus dedos eu pude contar quantas vezes te escutei naquelas promessas refinadas das músicas que a gente gostava. Era a gente, a gente mesmo, tentando encontrar defeitos nas estrofes e vencendo os versos com nossos cansados suspiros, que vinham hora ou outra pontuar os esquecimentos de nossas mágoas. Foi a gente, mais eu do que você, menos você em mim, mais de mim em nós, nós em lugar nenhum.
Acabou a nossa história e eu ainda vejo a gente bem ali, sendo ninguém mais que a gente. Deve ser porque a gente não se acabou, não desmoronou, e sobrou tudo até onde eu vejo a gente. E de gente, somos agora apenas nós, apertados ou desatados, segurando de vez em quando aquilo que a gente foi. Só a gente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
say what you will say