13.12.11

E de tão poucos que apareceram, notei que ainda faltava mais um. Apenas mais um. O suficiente, o inquietante, o único que faria jus por ser único. E de tanto fazer falta, fui buscá-lo entre tudo o que conhecíamos sobre nós mesmos, tudo o que eu fingia não saber, tudo que eu tentava não demonstrar. Entre tão poucos, ele soube me livrar dos demais.
Talvez pudéssemos ter ignorado a insistência, e de muitos talvez, talvez não existíssemos. Seria um caso, ou descaso, ou acaso, e não contaríamos aos outros o que os tais outros não querem ouvir. Um dia, e mais nada, e nos fadaríamos aos velhos olhares de sempre. E de tanto medo, fui aprendendo, a passos lentos, que amor tem disso tudo. Amor tem isso de valorizar os segundos, tem isso de ser brega, tem aquilo de querer o eterno. Amor é isso tudo.
De fato, demos à paciência o seu devido lugar. Fomos vítimas da minha imaturidade, mas honramos todas as nossas palavras. E em segredo, construímos o nosso... nosso. Somos os grandes abobalhados, entregues ao silêncio entre sorrisos tagarelas. Somos os grandes apaixonados.

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