17.6.11

Mulheres existem no finito segundo entre o amor e o ódio, e na vulgaridade de serem fêmeas, femininas. São elas as damas capazes de controlar o vento com mãos ágeis, para que suas saias não o carreguem para longe. São maquinalmente delicadas, suaves, brisadas.
Mulheres existem assim, feitas de costela e de flores. Não sabem em que rumo se metem, e nem se questionam. E nunca se dão a certeza de estarem certas, bebem de uma razão amarga, amorfa. Têm toda essa mania de surpreenderem o acaso ao se debruçarem em braços errados por vontade própria, e de tão donas, querem puxar o destino pela coleira. Quando secas, regam-se de dores, e morrem por dentro quantas vezes acharem suficientes. Mulheres...

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