Na verdade nenhum cara gosta muito dessas meninas esquisitas que se metem a escrever. Mulheres que escrevem se acham no direito de se classificarem como sentimentais demais, cansativas, absurdas, amantes, arfantes, e qualquer outro adjetivo que remeta à intensidade de sentimentos que nem são tudo isso.
Não é por mal que eu digo que o amor não deixa de ser amor se não for vivido intensamente. Ou talvez seja por mal. Pelo mal que eu sofro de não entender o que é essa doença que ele abriga, que faz as mulheres entregarem a pouca vida que tem. Bom, de qualquer maneira, isso é texto de uma moça mal amada. É por isso que vocês não devem me levar tão a sério.
E falando de outras coisas, de outros sentimentos, porque os textos foram feitos pra isso, essa intensidade toda deveria servir pra perder uns quilinhos ou aliviar algumas tensões. Mas o Schopenhauer tinha toda a razão quando disse que o tédio é o grande mal do mundo. Se conseguimos, vamos ficar insistindo até conseguir outras coisas, e por aí vai... Um sentimento nunca é o bastante.
Em outras palavras, é bem minha cara escrever sobre essas coisas, e dizer que as desilusões fazem parte da vida, mas eu sei que elas não fazem se a gente não quiser. O problema é que queremos mais do que pensamos.
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