Pensi em fazer o texto de hoje sobre amigos sinceros,sobre o meu futuro,sobre o meu medo... pensei em milhares de temas banais,em arrependimentos e em verdades que ainda insistem em me perseguir.Claro que já aceitei a maior parte dela,mas não,nenhum desses assuntos parecia forte o bastante pra mostrar a minha frustração,a minha decepção.Pensei então em escrever sobre cansaço,mas só de pensar nisso,já fiquei cansada dos excessos de emoções desnecessárias com as quais eu ia preencher muitas linhas não lidas.
Aí eu pensei em escrever sobre os meus pensamentos,mas de novo eu vi que não eram grande coisa.Eu ando pensando o de sempre,carreira,futuro,amigos,medo,sonhos.Muito natural,muito claro,muito chato.
Parei de pensar em escrever,mas a dor que eu senti foi tão grande que me senti incapaz de abandonar a única vontade verdadeira que eu tinha.Não consigo usar os meus textos como uma válvula de escape como muita gente faz,não consigo fazer com que eles sejam bons,mas eles são verdadeiramente meus,e só meus,e deles eu tenho muito ciúme.Muitas vezes escrevo a maioria deles com meu coração aberto,porque sou muito boba e ah,ando insuportavelmente sentimental sem nenhuma razão...
No fim,acabei escrevendo sobre escrever e entendi porque não consigo escapar dos meus problemas escrevendo.Posso passar meses sem um lápis e um papel,aguentando firme as boas dores que atingem os sentimentos,aguentando minhas euforias,guardando meus segredos...e ainda sou capaz de mudar de assunto quando começo a desenhar vagarosamente as minhas letras.Falo da vida,da chuva,deixo o texto repleto de metáforas,falo muito sobre mim mas sem dizer nenhuma palavra sequer.Escrevo tudo o que não me descreveria,e acabo me expondo,acabo mostrando quem eu deveria ou queria ser... é tão difícil sofrer de síndrome de Maria.
Meus textos,eu sei,estão entediantemente longos e ruins,mas eu peço perdão aos meus não-leitores.Peço que perdoem a minha alma de não-escritora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
say what you will say