20.1.10

Ando muito sem tempo,ou sem vontade,de sentir esperanças.Me deu aquela sensação horrível,aquela que a gente não quer sentir nunca,mas vai sentir um dia e também em muitos outros.O sangue parecia ter congelado nas minhas veias,porque eu fiquei com medo das pessoas.Das pessoas?Da pessoa,no singular.Esqueci das regras e também de como era antigamente.As regras todas mudaram,não foram só as de português.Foram todas.
E aí que fim levou aquelas boas sensações de antigamente?Sozinha eu sei que ainda posso fazer de pouco em pouco alguma coisa que as alcance,mas com tanta gente (implicitamente com tanta mentira) eu não sou capaz de mover sequer uma agulha.Mas não sei explicar o porquê disso.Eu fazia tudo com os meus amigos sempre ao meu lado,mas agora prefiro por a minha vida dentro de qualquer coisa que se ligue a uma tomada.Prefiro tomar meu rumo sozinha.Que fim eu levei?
Escrever pra mim sempre foi o melhor médico.Não digo o melhor remédio,porque o remédio é aquele que cura as dores e os males.O médico é aquele que te dá uma receita,e essa receita pode custar muito caro à sua saúde,mas vai curar tuas angústias.Pois as linhas pra mim sempre foram como um consultório muito branco e asseado,as letras como as enfermeiras e o texto como um médico.De repente ele mudava de médico de plantão para médico emergencial,ou até se tornava capaz de me operar...
Mas acabei esquecendo o que ia dizendo.Das coisas como eram antigamente,é mesmo.Só que estamos em um ano novo,melhor falar de planos.É bom falar deles,ainda não perdi as esperanças com eles,porque talvez eles ainda não tenham se concretizado,e isso me dá muita força pra continuar seguindo em frente pra torná-los realidade.As coisas que se concretizaram... bem,algumas eu deixei pra trás (e muito recentemente!),outras eu quis sempre do meu lado e várias eu empurrei.Talvez eu as encontre lá na frente,talvez não.Torço para que não.
Bom,o ano começou e eu continuo muito boa de memória.Ainda lembro das coisas antigas,de outras nem tão antigas.Já é hora de por recordações para fora.

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