Desde então parei de pensar em felicidade,tanto por não me trazer dinheiro quanto por me fazer perder tempo.Não conseguia correr atrás,minhas pernas estiveram coladas no chão durante todo esse tempo,e agora,logo agora elas estão adormecidas,levadas pelo choque de finalmente conseguir aquilo pelo que tanto ansiavam.
Só então suspirei,tentei andar e ir o mais longe que elas me permitiram,mas a dor,o medo,a insegurança,tudo isso era grande demais e prendia meus pés ao chão,sem deixar o sangue circular,sem deixar minha cabeça pensar.Essa euforia do coração,a ansiedade da boca,a vontade dos olhos e do corpo me deixaram um pouco assustada,mas prossegui aos próximos velhos capítulos do meu caminho.
E aí eu me aproximei,tão temerosa quanto antes,e agora com raiva das minhas poucas palavras,da minha timidez,de todas essas bobagens.Minhas pernas agora pareciam leves,meus pés pisavam eu nuvens e tudo parecia fazer sentido.Era como emergir até a suerfície de um rio muito turbulento,respirando em grandes pedaços.A boca foi capaz de falar sem buscar o oxigênio com pressa,os olhos pararam de procurar aquilo que não encontravam e o corpo calou o desejo e o ímpeto.O coração,como grande traíra,me denunciou logo.Era de se esperar,e como ele não sabe agir sozinho,fez minhas mãos tremerem,o suor escorrer frio,minhas palavras perderem o sentido.
Minhas pernas mais uma vez estavam coladas no chão.
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