Fiquei pensando por muito tempo no que poderia ser tudo
aquilo, ou se era tudo mesmo. Era cedo ainda, e eu comemorava porque da minha
janela ele não podia ver minha cara boba e aquele meu sorriso de quem ainda insiste
em acreditar nos outros. Nunca fui boa pra esconder as coisas, ainda mais essas
coisas inescondíveis... Torci pra que minhas desculpas funcionassem e que no
dia seguinte estivesse tudo na mesma paz recente. Dei uma última olhada e
fechei as cortinas, porque o dia estava escurecendo, mesmo sem vontade. Na mão,
o desespero por alguma notícia, ou pela simples mania de mantê-las ocupadas. Um
clique, nada. Outro clique, nada. Mais um clique e o zumbido costumeiro. Há
quanto tempo eu não ficava assim.
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