O amor é essa maldita insegurança, essa insensibilidade dos nossos neurônios, essa coisa que rouba da gente a capacidade de saber o que dizer. É o que vem de fora pra dentro e vice-versa. Inevitavelmente esquisito. Uma bebida forte, que embriaga sem queimar a garganta, sem pesar os olhos, sem enrolar a língua, que se bebe direto da garrafa, e pronto, lá está.
E de repente, me vi pensando nisso no fim de uma terça-feira chuvosa, com um café instantâneo na mesa, umas idéias desperdiçadas e um texto pronto. Toda a coragem e toda a certeza, e nenhuma confiança nos velhos clichês. Só a vontade de me embriagar de novo.
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